E as eleições são esta semana...

              ...Tá aquele alvoroço em tudo que é canto, gente com insônia e enfartando! É... Que fase!!
Não sou dada a expor minhas opiniões políticas, e eu falar sobre eleições não quer dizer que pendo pro lado de cá ou de lá, mesmo porque vai ser como discutir religião. E eu não estou muito para esses caminhos... Pelo menos não agora!
O que tem de gente criticando essa época... Não está no gibi. Mas atrevo-me aqui a meter o bedelho.
O povo está receoso com essas armadilhas políticas, começando pelas bases a ser alicerçado um governo... Você vota na esquerda, que vira de direita que diz que é esquerda mas quem acaba sendo de esquerda na verdade é o que era de direita, e a revolução passa a ser conservadorismo que passa a ser um poder quase estagnado e aí... E aí que tem muita lama! Fato que não é uma democracia plena se você é obrigado a votar... Mas já que “tem que” estejamos com a mente um pouco mais aberta...
Tenho ouvido e lido sobre eleições em várias cidades e não precisa cavar muito pra encontrar as histórias difamadoras dos lados opostos de candidatos que têm destaque que, por incrível que pareça, influenciam demais o povo em cidades pequenas. E pior, as calúnias são sobre a vida pessoal do cara, o que não tem grande ligação com a vida pública dele. Claro que não dá pra votar em um assassino, em um cara que chuta cães e idosos na rua, um cara arrogante e que bate na mulher em casa... Mas calma lá, tem umas do tipo “Ele é um ótimo filho, sério, mas é um ‘viadão’ ”. Essas são principalmente dos machões... Mas... Hã... Como a vida entre quatro paredes de alguém que não faz parte do seu convívio social pode ser tão importante para sua?! Bem, ou você teme que ele seja rejeitado por uma analogia que você faz com seu cotidiano, ou você tem uma paixonite reprimida... Relaxe, homem! Não é a sua retaguarda que esta vulnerável!
Também já ouvi “Esse ia revolucionar! Mas largou a mulher e...”. – Meus amores, Vamos lá... O cara propõe mudanças , revoluções... Era você a mulher dele?! Sabe quantos chifres ela botou nele?! Quanto dinheiro ela roubou dele?! Ou simplesmente como a vida desse cara podia ser medíocre ao lado de alguém tão ou mais medíocre que a própria vida que ele levava?! Você não pode esperar menos de um cara que propõe mudanças do que revolucionar drasticamente  a própria vida.
E tem o famoso “Bom esse aí hein, mas tá devendo até o pescoço!” –Considerando o “até o pescoço” um termo um tanto quanto relativo e bem exagerado, diz pra mim quem nunca atrasou uma continha sequer? Não está fácil, não... Se você é maior de idade, não mama nos seus pais, rala a valer pra ganhar o suado salário, sabe bem o desespero que dá atrasar uma conta e tem plena consciência de que infelizmente faz parte... Principalmente quando você está pensando em abrir um novo negócio, construir sua própria casa... Vai saber se o “devedor” não ficou devendo a escola dos filhos, mantendo-os naquele colégio caríssimo visando o melhor para o futuro das crias, porque não queria que os pimpolhos soubessem que ele está falido... Oras!  Um bom pai não aceita fracassar!
Particularidades à parte, e nestes casos totalmente dispensáveis, tem aqueles comentários sem cabimento: “Falam que vão melhorar a saúde, a educação, a cultura... Nem ouço mais!” –Meu bem, não reclame depois! – “Mas o cara fala que vai melhorar isso, aquilo... Vai nada” – Santa ignorância! Os candidatos não vão subir em um palanque e dizer “Meus ilustres cidadãos... Vou tentar melhorar. Vou chegar lá, ver como tá a bagunça e ver o que faço!”. Embora seja exatamente isso que eles vão fazer, eles precisam apresentar ao povo um plano de governo, um panorama geral das ideias que eles tem... Mas adversidades estão aí pra atrasar a vida da sociedade no âmbito individual, por que não no âmbito geral?! O que não procuramos entender é que os antecessores desses candidatos ocuparam a mesma cadeira, tinham a mesma autonomia e, consequentemente, deixaram os resquícios de sua gestão. Só Deus sabe o que esse coitado pode ter que arrumar e conseguir dos poderes acima dele para fazer um terço dos seus planos iniciais. Planos todos têm, ainda bem que têm, mas a viabilidade deles é mutável. Vista de fora pode ser muito clara, mas quando esses novos gestores encontram-se naquela mesona nova... Aí é que são elas! Aí sim é que os rumos serão traçados concretamente partindo do planejamento inicial.
Por isso, é indispensável que julguemos o candidato por apresentar planos exequíveis, ou o mais próximo disso. Respiremos antes de apedrejar os ex-cidadãos-comuns. Apedrejem, pintem as caras e vão à luta... Mas antes disso, só dá uma passadinha na prefeitura da sua cidade, cobre seus direitos de saber tudo que está acontecendo... Pergunte o quanto a casa estava bagunçada antes que o novo poder se estabelecesse, procure saber até onde aqueles novos representantes podem fazer, o que depende de poderes muito maiores e o que eles estão fazendo para alcançar estes poderes. Estudemos as propostas, e cobremos... Mas com a consciência de que tudo leva tempo. Pouco ou muito, leva. Tenha paciência na medida certa. Não encubra, mas não julgue sem ter argumentos concretos e pautados em termos reais e acessíveis a todos. O povo de fato pode tudo, só precisa ter os pés no chão. Exerça seus direitos de forma consciente.
...E se o cara for de fato um charlatão... Viva la revolución!  Tire o cara de lá, prove por “A+B” que é um ladrão. É aquela velha... Contra fatos não há argumentos.
Paciência para o povo, valores fortes para os eleitos, e sabedoria pra todos!
 Tâmo junto!

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